sábado, 12 de abril de 2008

Parte 5

A Peek-a-Boo era oposta da Made. Tinha unidade e calor. Usamos temáticas a cada edição. Acho que a primeira foi o crime, a segunda o surreal, a terceira às mulheres. Mas tudo acontecia de uma forma sutil. Eram histórias que flertavam mais com a literatura. Foi bem bacana de fazer. Ganhamos prêmios e fomos bem recebidos por esse Brasil a fora. Eu recebia uma pá de correspondências, mas fui super desleixado nas respostas, ou melhor, nas não respostas. Vacilei. Desculpem-me. Eu não tinha essa cultura de enviar cartas.
Foi para Peek-a-Boo que o Rodrigo adaptou um argumento meu para quadrinhos. Ele mesmo fez o roteiro, onde os personagens tinham as nossas caras. Uma história de crimes. Uma história de assassinato. Depois fizemos adaptação de As Portas do Céu, um conto de Julio Cortázar. E também um episódio de uma série que eu era o desenhista e escritor. Rodrigo foi uma espécie de artista convidado. Rá, rá, rá. Que tempos! A série era Menina Morango. Rodrigo desenhou a história Dia dos Mortos. Essa história merece um capítulo à parte.

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