sexta-feira, 29 de agosto de 2008

parte 23

"O Coração das Trevas. Há uma transposição da mitologia de Canudos na literatura de Joseph Conrad. Capitão Kurtz é uma transmigração de Antônio Conselheiro para o Congo. Louco, não?

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Parte 22

Saímos dali com diversos livros e dvds sobre os Sertões. Saímos satisfeitos e arrasados. Acho que foi uma das vezes que pensamos sobre a sorte que tínhamos de sermos os realizadores desse livro. Rodrigo e eu conversamos em um boteco que não queríamos brincar com essa adaptação.
" Não será mais uma dessas adaptações pensando em fazer redondinho, fácil e bonitinho."
" Sim, temos que ser um plus a mais.Mas como?"
" Vamos ter que dissecar essa obra, Os Sertões. Eu acho que devemos visualizar o Brasil, Bahia, Salvador, o sertão Baiano, Canudos, a guerra que Euclides enxergou."
" Boa idéia."
" Tem um livro que é peça chave para o nosso, esse livro nasceu na mesma época que "Os Sertões", ele é inspirado em Canudos, sabia?"
" Tá que livro?"

domingo, 24 de agosto de 2008

Charla com Antônio Olavo.

Encontramos a galeria. Uma pequena galeria em Salvador com uma livaria da editora. Nas estantes livros e dvds sobre Canudos e outros assuntos filhos e primos. Olavo, um baiano típico, boa gente, mestiço e magro. Calvo como eu. Jeito centrado e objetivo. Rodrigo e eu entramos na editora-livraria e o comprimentamos. Ele já nos esperava e estava bem curioso com o nosso projeto. Reparou no bloco de desenhos na mão de Rodrigo e já pediu para ver os desenhos. Não simpatizou com o jeito carrancudo dibujado. Rodrigo explicou que eram os seus primeiros estudos. Então, eu resolvi explicar a direção que seguiríamos. Antônio ouviu os detalhes e a deu sugestões. Nos apresentou a sua ótica sobre Canudos. Lá não se tratava de um local liderado por um louco, mas por um visionário. Esquecemos os detalhes místicos sobre Antônio Conselheiro e nos concentremos que são fatos da vida e não história, nada ali, em Canudos, foi premeditado, mas foi uma força de dizer basta ao que há de mais miserável na humanidade: O preconceito, uma luta de classe social, racismo, um distânciamento do que a ordem e progresso construiu depois. Eram um grupo de pessoas que buscavam um ideal de melhor vida no lugar mais distante possível. Busvam a sua terra prometida para serem todos iguais, sem escalas de pobreza e riqueza, mas sim de fraternidade. Uma utopia, sonhada utopia.
Nunca poderia dar certo.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Parte 21

Antônio Olavo foi um grande professor para nós. Depois daquele bendito almoço que nos curou da ressaca, nós, Rodrigo Rosa e eu, saímos apressados, perdidos e cômicos nas ruas de Salvador. Buscávamos a Portfolium um peculiar projeto-editora-produtora sobre a cultura da Bahia. Nada superficial, ou com cara de turísmo, mas sim o que podemos chamar de a verdadeira busca antropológica e histórica sobre a história brasileira. Realmente é de grande importância esse projeto Portfolium coordenado pelo Antônio Olavo. Mostrou ser um grande acerto essa investida para Bahia.
Digamos, que institivamente sabíamos a direção para Canudos, para Os Sertões. Mas foi com o Olavo que tivemos a confirmação do nosso destino.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Parte 20

Depois da cervejada... um peixe. Nossa! Um dos melhores almoço da minha vida! A cozinheira do Cau é show! Dona Maria fez um peixe, uma lentilha e salada de doer de bom. Ficamos cheios de energias e curado de qualquer ressaca. Próximo passo foi começar de vez as investigações.
Rodrigo e eu saímos com um mapa, descemos a ladeira e fomos entrevistar um dos maiores pesquisadores de Canudos.