domingo, 29 de junho de 2008

Parte 14

A brilhante idéia de ir para o sertão da Bahia foi do Rogério (logo vocês vão saber quem é essa personagem).
“Cara, o Rogério disse que devemos ir para a região de Canudos. O que acha?”
“Rodrigo, sou parceiro dessa aventura”.
“Tenta ver com a editora se eles nos pagam a viajem”.
“Rodrigo, não viaja”.
“Não custa tentar”.
Eu enviei um e-mail já sabendo a resposta. Não houve resposta desse e-mail. No seu caderno de desenhos, Rodrigo fazia esboços de Antônio Conselheiro. Esses desenhos eram bem bacanas, mas sabíamos que ainda não tínhamos achado a essência do personagem. Geralmente Antônio Conselheiro é representado como um clichê de beato louco, mas nós, Rodrigo e eu, não queríamos seguir essa visão careta. Longe de nós essa caricatura de José Wilker chapadão de cactos e com dor de barriga.
Queríamos o nosso Conselheiro, um ser humano, buscar o homem comum, a história clássica brasileira criou o clichê louco Conselheiro, vejo que uma das nossas missões era derrubar essa visão e tentar trazer para o livro a memória popular que o povo nordestino tem do seu Conselheiro.
Convenci o Rodrigo que devíamos para de esperar uma resposta e seguir com o plano da viajem. Rodrigo fez contato com os nossos parceiros em Salvador. Eu Falo de Rogério Ferrari e Cau Gomez.

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