sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ruptura

Eu não sei o que me passa, mas sinto neste exato instante uma grande vontade de gritar...

Estou convencido que jogo o jogo errado, o problema é que esse jogo possui regras sujas... e parece que a verdade importa para poucos. Seria isso uma teoria de conspiração das mais paranóicas? Estarei eu louco? Confesso que me sinto perdendo a juvenil paixão por fazer quadrinhos, já não tenho o tesão de entrar no meu estúdio e desenhar. Sigo fazendo desenhos, textos e filmes. Mas é quando eu paro para compor no computador, é quando eu crio as minhas músicas, que eu sinto prazer. Quando queremos respostas sobre o processo de criação, quando queremos público, queremos na verdade os sons. O urro da multidão se propagando para a expansão do universo. Talvez seja por isso que eu sinto prazer com a música, por que quando eu crio música eu desenho um gráfico no programa que uso e a resposta vem, o som passa e sou absorvido por camadas e camadas de texturas que trazem uma resposta subjetiva a minha alma. Eu que me considero um ateu, confirmo aqui que tenho alma por que no fundo é para isso que crio. Para sentir a textura da minha verdadeira essência, me desprender do tempo e espaço. Um jogo de ego, um ego-caos. Uma comprovação que eu estou vivo. Estou aqui. E tudo que eu crio é um sinal para aquele monolito negro que vi vagando no espaço no filme 2001. Claro que trato esse monolito como metáfora, dizem que os cientistas estão tentando criar o silêncio absoluto em um laboratório. Talvez seja a busca perfeita para a humanidade, já que estamos no ápice da era dos ruídos.
Estou convencido que perdemos o jogo...voltando falar sobre quadrinhos, estou convencido que o que importa nesta era de ruídos são as embalagens, os grupos de boné e com os selos Marvel e Dc estampados no cu.
Pra quê? O negécio é forrar os intestinos de dólares e euro? Discutir como se deve fazer arte, enquanto o planeta vai armando as suas defesas contra essa espécie irresponsável que somos nós?
Qual é o sentido disso tudo? Qual é o sentido de desenhar e fazer super-heróis? Não quero expressar aqui que sou um santo, um alienado desse sistema corrupto. Sou mais um...mais um que falha e pensa em sempre melhorar, mas falha em deixar para o dia de amanhã.
Basta!
Para a corja eu digo que os seus dias estão contados.
Vão à puta que os pariu!

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